Em 1934, Getúlio Vargas estabeleceu em seu
Governo Provisório que a eleição daquele ano deveria ser feita de maneira
indireta por votos da Assembleia Constituinte e, na eleição seguinte, os votos
seriam diretos e abertos a toda a população. Esta jogada faz com que Getúlio
fosse reeleito com a maioria dos votos e permanecesse no poder.
Entre
1934 e 1937, Vargas liderou o chamado Governo
Constitucional. O cenário político do período recebia
influências de duas correntes ativas na Europa: o fascismo de Hitler, na Alemanha e o totalitarismo de Mussolini, na Itália. O Brasil
possuía o partido AIB (Ação Integralista Brasileira), que defendia os preceitos
dos governos europeus, liderado por Plínio Salgado.
Em
oposição, a ANL (Aliança Nacional Libertadora), a favor da luta de classes, da
reforma agrária e de um país democrático, ou seja, um grupo ligado aos ideais
da esquerda, encabeçado pelo Partido Comunista Brasileiro – liderado por Luis
Carlos Prestes – realiza a Intentona
Comunista, um golpe para tirar Vargas do Poder. A Intentona
contou com rebeliões de revolucionários, mas por falta de organização e de
articulação não deu certo. Vale ressaltar que os dois lados queriam derrubar
Vargas da Presidência.
Ao
perceber que estava ameaçado, Getúlio então criou o plano Cohen, um golpe
forjado em 1937, que consistia na crítica direcionada tanto para a esquerda
como para a direita, para assustar a população, através do ato de queimar obras
públicas e assassinatos, culpando um dos dois lados, mas nunca o presidente.
Para isso, ele recebia ajuda dos militares e fazia o discurso que só através
dele o Brasil continuaria caminhando.
Além
disso, Vargas ainda se utilizou do episódio do golpe da esquerda para declarar
estado de sítio, aquele em que ninguém entra ou sai do país, cancelando a
próxima eleição, anulando a constituição de 1934 e dissolvendo o poder
Legislativo e os partidos políticos, o que o levou a governar com plenos
poderes. Assim, ele permaneceu no poder de 1937 a 1945, no chamado Governo Ditatorial ou Estado
Novo.
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